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Espinha Bífida

O que á a Espinha Bífida?

Espinha bífida é um defeito congénito das paredes do canal espinhal, causado pela ausência de união entre as lâminas das vértebras, isto é uma situação em que as vértebras não fecham completamente. Localiza-se mais na porção inferior da coluna cervical (região lombosagrada)

Esta alteração está presente em 5 a 10% da população.

Basicamente existem dois tipos de espinha bífida: oculta e aberta.

A espinha bífida oculta manifesta-se sobretudo por alteração da pilosidade, depressão da zona lombosagrada, ou mancha venosa (mancha cor de sangue). 

A espinha bífida aberta é consequência de uma malformação mais grave, a qual pode originar um meningocelo (quisto de meninge) ou um mielomeningocelo (quisto de meninge que atinge a medula).

São normalmente as formas mais severas da patologia (mielomeningocelo) que levam a alterações do membro inferior. Como consequência desta patologia podem surgir diferentes neuropatias, das quais se destacam a paraparesia (paralisia dos membros inferiores), deficit motor, ausência de reflexos e ou sensibilidade e artrogriposes (posições articulares defeituosas, como o pé boto).

Tratamento e acompanhamento podológico da Espinha Bífida.

O tratamento podológico do paciente com espinha bífida que apresenta alterações no pés direcciona-se para as alterações biomecânicas e dérmicas, bem como para as frequentes alterações da sensibilidade que comportam sério risco para a integridade da pele, uma vez que podem provocar graves lesões nos pontos de maior apoio.

O tratamento deve ser efectuado precocemente (desde o nascimento). Consiste na quinesioterapia, ortóteses diurnas e nocturnas e, em alguns casos, cirurgia. O objectivo é proporcionar ao pé uma maior superfície de apoio, distribuindo as pressões de forma mais uniforme e evitando os pontos de hiperpressão, prevenindo assim o agravamento das alterações biomecânicas e das lesões cutâneas.

O acompanhamento podológico dos pacientes com Espinha Bífida é essencial para prevenir a progressão das alterações biomecânicas e dérmicas e poder garantir a saúde dos pés destes pacientes.

Agradecimento especial: Dra. Teresa Lavandeira (Neurologista Infantil)

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